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Os 91 anos do direito ao voto feminino e o Dia Laranja lembrados em Campos

Duas importantes datas para as mulheres na trajetória de luta feminina foram lembradas pela Subsecretaria Municipal de Políticas para Mulheres e o Centro Especializado de Atendimento à Mulher Mercedes Baptista (CEAM). Nesta sexta-feira (24) a conquista do direito ao voto feminino no Brasil completou 91 anos e neste sábado, como acontece no dia 25 de cada mês é marcado o Dia Laranja, uma campanha pelo fim da violência contra mulheres e meninas. Em Campos, de acordo com a Lei 9.200/2022, a data é marcada durante todo ano. 

A subsecretária  da pasta, Josiane Viana, falou sobre a extensão do Dia Laranja durante o ano. “A data foi ampliada ao calendário mensal para sempre dar visibilidade ao tema, mobilizar o compromisso e exigir condições para que mulheres e meninas possam vier uma vida livre da violência”, afirma Josiane, lembrando que, nesta data, todas as pessoas são convidadas a se mobilizar vestindo a cor laranja, assim como comércio e escolas,  e compartilhar os posts da página oficial da subsecretaria no instagram @smpm.camposoficial. 

O Dia Laranja pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas foi criado em 2019 com o objetivo que a data seja lembrada, mensalmente, em todo dia 25. O Dia Laranja integra a campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) chamada “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. 

A proposta é alertar para a importância da prevenção à violência de gênero. A mobilização original acontece em 25 de Novembro, quando se celebra o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres mas, devido à necessidade de combate à violência contra mulher de forma mais efetiva , tendo em vista o aumento dos índices de violência. Essa é mais uma ferramenta para combater a violência contra mulheres e meninas através da prevenção e conscientização e mobilização da sociedade. 

Voto feminino – Sobre a conquista do direito ao voto feminino no Brasil, Josiane falou sobre mais essa conquista. “Há 91 anos, passamos a ter direito de escolher nossos representantes, através do voto. Foi uma longa luta que se estendeu por várias décadas e, hoje, completa esta importante marca”, afirma Josiane.  

As mulheres brasileiras iniciaram suas reivindicações pelo direito ao voto no final do século XIX, em um contexto histórico em que muitas nações ocidentais já haviam concedido esse direito às mulheres. No Brasil, a luta pelo voto feminino teve início em 1891, com a fundação da Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher, por mulheres como Nísia Floresta, Francisca Praguer Froes e Leolinda Daltro. A Liga tinha como objetivo principal a conquista do direito ao voto feminino, além da promoção da educação e da cultura para as mulheres. 

Ao longo das décadas seguintes, outras organizações foram criadas para lutar pelo direito ao voto feminino, como a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, em 1922, e a Aliança Nacional de Mulheres, em 1931. As mulheres que participaram dessas organizações enfrentaram diversas formas de oposição, como o machismo, o conservadorismo e a violência policial. 

Em 1932, após intensas mobilizações e pressões políticas, o então presidente Getúlio Vargas promulgou uma lei que permitia o voto feminino no Brasil. No entanto, esse direito era restrito a mulheres casadas e com renda própria, o que excluía a maioria das mulheres brasileiras da época. Em 1933 as maiores de 18 anos alfabetizadas passaram a ter o direito, sem restrição ao estado civil e somente obrigatório para as servidoras públicas. Somente em 1946, após a promulgação da nova Constituição, é que todas as mulheres brasileiras passaram a ter direito ao voto, sem restrições. 

– A conquista do direito ao voto feminino no Brasil foi um marco importante na luta das mulheres por igualdade de direitos e de oportunidades na sociedade. A partir desse momento, as mulheres passaram a ter mais voz e representatividade na política brasileira, o que contribuiu para a construção de uma sociedade mais justa e democrática – finaliza a subsecretária.
 

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