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Dia da Luta da População em Situação de Rua com diversas ações na Praça da República

Em celebração ao Dia da Luta da População em Situação de Rua, comemorado nesta terça-feira (19), a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, por meio do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento para População em Situação de Rua de Campos dos Goytacazes (CIAMP), promoveu o evento Roda de Conversa Cantada, na Praça da República. No encontro, foram disponibilizados diversos serviços como corte de cabelo, atendimento médico, aferição de pressão, testes de glicemia e de HIV, além de música e distribuição de lanches e Varal Solidário.

O Dia da Luta da População em Situação de Rua teve a data de 19 de agosto escolhida para rememorar a Chacina da Praça da Sé, em São Paulo. De acordo com a presidente do CIAMP, Ursula França, o evento em Campos teve como objetivo reunir pessoas em situação de rua para ofertar inclusão e os serviços já existentes na Política de Assistência Social do município.

“O evento de hoje foi um convite para relembrar que essa população existe, que não é invisível e que nós estamos aqui para construir políticas públicas eficientes. Para isso, fizemos essa Roda de Conversa Cantada com apoio de demais secretarias e órgãos municipais. Hoje nós juntamos muitos serviços aqui e mostramos um pouco o nosso trabalho, que já vem sendo executado o ano todo”, disse.

Fabiana Pereira da Silva atualmente é acolhida do abrigo Manoel Cartucho, um dos acolhimentos geridos pelo município para pessoas em situação de rua. Ela, que aproveitou os serviços de beleza oferecidos pelo evento, contou que foi muito importante para sua autoestima.

“Muitos não têm a oportunidade de ter dinheiro para cortar o cabelo e fazer a unha. Isso aumenta a nossa autoestima. O evento mostrou que ainda existem pessoas que têm caráter e amor ao próximo”, disse Fabiana.

Através do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), a SMASC realiza diversas ações. Entre elas, o encaminhamento para os abrigos municipais. Nesses equipamentos, são disponibilizados os serviços de regularização de documentos, encaminhamento para serviços de saúde e encaminhamento para vagas de emprego.

A assistente social do abrigo Manoel Cartucho, Jéssica Mota Ferreira, reforça a importância dos acolhimentos no processo de reinserção da pessoa em situação de à sociedade.

“A rua é um direito de todos, mas a gente quer deixar claro que ela não é o único caminho. As instituições de acolhimento têm o papel importante de uma virada de chave, possibilitando que as pessoas consigam rever seus documentos e tenham acesso a serviços de saúde. Diariamente a gente faz entender que o acolhimento não é uma prisão, ele não é o fim da liberdade, mas é o início e a possibilidade de uma construção de outra vivência”, disse a profissional.

A Roda de Conversa Cantada teve a participação da Faculdade de Medicina de Campos, o Centro de Doenças Infecto-Parasitárias (CDIP), o Grupo Católico “Juntos pela Misericórdia”, o Departamento de Programas e Projetos da SMASC, “Consultório na Rua” (CnaR) e Centro de Cidadania LGBT Norte Fluminense.

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