A Casa de Passagem, equipamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, registrou mais um caso de superação entre os seus acolhidos. Niely Alves Fernandes, de 33 anos, que deu entrada na instituição em fevereiro de 2023 usando fraldas, desidratada e andando de cadeiras de rodas, ultrapassou as dificuldades e conseguiu uma vaga de emprego na rede de supermercados Super Bom. A Casa de Passagem é um abrigo provisório que acolhe pessoas que são encaminhadas pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (CentroPoP).
Acolhida na Casa de Passagem, além das refeições e moradia oferecidas pelo equipamento, Niely foi contemplada com outros serviços, como a regularização de documentos, realização de exames, acompanhamento médico e jurídico. Ela, que também é assistida da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), passou por várias sessões de fisioterapia. Por fim, por ser uma pessoa com deficiência, a Apae conseguiu a vaga da Niely como embaladora em uma das lojas da rede.
“Eu queria agradecer muito a equipe da Casa de Passagem por ter cuidado de mim, a Apae também pelos cuidados e ao Super Bom por ter me dado essa oportunidade. Gratidão a Deus”, disse Niely.
“Eu me emociono com a história da Niely, porque é muito sobre acreditar. Ela chegou na Casa de Passagem sem brilho no olhar, sem andar, não sustentava o tronco, usava fraldas e não conseguia levar o copo de água até a boca. Hoje ela está contratada do Supermercado Super Bom”, disse a coordenadora da Casa de Passagem, Rose Pereira.
CASA DE PASSAGEM
Com capacidade para 36 vagas, entre adultos ou grupos familiares, com ou sem crianças, que se encontram em situação de rua, a Casa de Passagem é um abrigo provisório, em que as pessoas podem ficar por três meses, podendo ser prorrogado por igual período. Os acolhidos são encaminhados pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (CentroPoP), que realiza abordagens diariamente a pessoas em situação de rua pela cidade. A permanência no abrigo não é obrigatória, tendo o usuário liberdade de continuar na Casa ou não.
Além da Casa de Passagem, o município conta com outros três abrigos, que, juntos, atendem a cerca de 150 pessoas: o Lar Cidadão, Manoel Cartucho e uma Organização da Sociedade Civil (OSC) cofinanciada pela SMDHS.