O clima junino tomou conta da Casa de Passagem nessa segunda-feira (24), dia de São João Batista. Os acolhidos do equipamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social que atende pessoas e famílias que viviam em situação de rua participaram de quadrilha embalada por músicas juninas e puderam degustar comidas típicas. O espaço, que teve uma tarde muito animada, foi decorado especialmente para a festa. Além dos acolhidos, o evento contou com a participação dos funcionários, a supervisora da Casa de Passagem, Rose Pereira, a diretora de Proteção Social Especial, Rosângela Marvila, e a equipe do Escritório de Rua.
O acolhido João Paulo Moreira Reis, que participou pela primeira vez de uma festa na Casa de Passagem, aproveitou a quadrilha e aprovou a realização do evento. “É a primeira vez que eu participo e achei tudo maravilhoso, como as amizades, quadrilha e harmonia de todos. Todo mundo atende a gente com carinho e atenção, então, a festa junina é mais uma prova disso”, disse.
A supervisora da Casa de Passagem, Rose Pereira, afirma que a festa junina, assim como outras atividades que são realizadas no equipamento, serve para fornecer o acesso ao lazer.
“Trazer algo para eles que lá fora existe, dando toda condição aqui dentro, é dar para eles dignidade. Quando eles entram no acolhimento, eles deixam de ser pessoas de rua. São pessoas vulneráveis, mas que têm todo o acolhimento da SMDHS, do governo Wladimir Garotinho, para que eles tenham condição de cidadão. Para eles é importante, mas para a gente também.
A Casa de Passagem é um abrigo provisório, que acolhe pessoas que são encaminhadas pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (CentroPoP). Neste mês, o equipamento registrou mais um caso de superação entre os seus acolhidos. Niely Alves Fernandes, de 33 anos, que deu entrada na instituição em fevereiro de 2023 usando fraldas, desidratada e andando de cadeiras de rodas, ultrapassou as dificuldades e conseguiu uma vaga de emprego na rede de supermercados Super Bom.
Com capacidade para 36 vagas, entre adultos ou grupos familiares, com ou sem crianças, que se encontram em situação de rua, a Casa de Passagem é um abrigo provisório, em que as pessoas podem ficar por três meses, podendo ser prorrogado por igual período.